sexta-feira, 10 de junho de 2011

O trambolho e suas modificações

Por Fernando Oliveira

Formado em Arquitetura e Urbanismo, Marcelo Fornereto adotou o bairro da Santa Cecília como lar no ano de 2003. "Eu precisava morar mais perto de tudo. Sou de Baurú. Aqui havia mais oportunidades de emprego, entre outras coisas", conta.

Naturalmente apaixonado pelas formas de arquitetônicas das construções da capital, Marcelo não via muita simpatia no trambolho de concreto estacionado ali, o famoso Minhocão. "Eu não gostava mesmo. Achava feio, muito cinza, tapava o sol do dia todo".


O que fez o arquiteto mudar de ideia foi exatamente a arte que Daniel, do post abaixo, tem como profissão, o graffiti. "Durante um bom período o Minhocão foi infestado por lindos graffitis, que considero um tipo de arte muito contemporâneo", conta. A partir disso, Marcelo mudou a sua concepção sobre o que antes achava feio e desajeitado, mas, para sua infelicidade, sua opinião voltou a mudar anos depois.

"Vejo o graffiti muito positivamente em todos os lugares, mas, no Minhocão, ele tem maior importância. Primeiramente porque embeleza o que é considerado feio pela grande maioria da população. Segundo por questões financeiras, já que a prefeitura não gastaria nada, pois a mão de obra é voluntária, além disso o turismo e valorização do espaço aumentam muito. É uma pena que poucos pensem assim. Hoje vejo o mesmo trambolho da época em que cheguei aqui, em 2003", lamenta.

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